“Eu nunca declarei IR Cripto…” é uma das coisas mais comuns em investidores de criptoativos. No entanto, saiba que se você nunca declarou seu IR Cripto para a Receita Federal, o Leão está de olho e o risco pode ser maior do que você imagina. Para esclarecer as principais dúvidas, entrevistamos Mychel, CEO da Blue, especialista em tributação de criptomoedas. Confira o que fazer para regularizar sua situação e evitar problemas com o fisco!
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O que acontece se eu nunca declarei IR Cripto nos últimos anos?
Segundo Mychel, quem nunca declarou operações em criptoativos está com pendência junto à Receita Federal.
“A Receita pode cobrar até 5 anos após a data de entrega. Isso pode gerar multa por ano (pela não entrega do IR) e por mês (pela não entrega da IN 1888)”, explica o CEO da Blue.
A Receita Federal consegue descobrir transações antigas em cripto?
Sim! De acordo com Mychel, a Receita tem cada vez mais ferramentas para identificar operações antigas, mesmo que não tenham sido declaradas:
“As duas maneiras mais comuns são via meios de pagamento e rastreio on-chain. Os meios de pagamento precisam informar à Receita que pegaram o dinheiro do investidor e enviaram para a corretora.”
Qual o risco de cair na malha fina ao declarar IR Cripto retroativamente? Existem multas e juros?
O CEO da Blue ressalta que não há uma regra fixa, mas normalmente declarar retroativo ajuda a embasar as declarações atuais e evita problemas:
“O que vejo normalmente é que declarar retroativo ajuda a embasar as declarações mais novas e evita problemas como um todo.”
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Quais são os primeiros passos para regularizar anos anteriores de IR Cripto?
Para quem nunca declarou, o ideal é começar com um diagnóstico. “É preciso fazer um diagnóstico que mostre o tamanho do problema e os riscos envolvidos, para ver o que e como resolver esse passado”, orienta Mychel.
Existe um limite de anos que podem ser declarados retroativamente?
A resposta é direta: “Pode corrigir a qualquer tempo, mas como a Receita só pode fiscalizar 5 anos, não vale a pena mexer no que vem antes disso.”
É necessário enviar declarações retificadoras ou só a atual?
Mychel explica: “Normalmente é necessário enviar retificadoras, pois as declarações novas precisam de um histórico de bens que normalmente não tem.”
Como a Blue atua nesses casos? É mais complexo do que declarar o ano vigente?
O processo é mais detalhado e urgente: “Se torna mais complexo pela dificuldade de receber e entender os dados e pelo prazo. Enquanto o ano corrente podemos fazer mês a mês, num caso de atraso temos que fazer o mais rápido possível. Apesar disso, estamos prontos para resolver tudo.”
Quais os principais desafios técnicos ao apurar IR Cripto de anos anteriores?
O principal desafio é lidar com dados incompletos: “Fechar os valores mesmo com dados faltando.”
E se os dados estiverem incompletos? Como evitar inconsistências?
“Não há uma regra. O que vamos fazer é trazer o mais próximo da realidade possível. Se um dado não existe para comprovação, cabe ao declarante informar aquele dado de forma que fique fiel ao declarado.”
Ainda dá tempo de se regularizar se eu nunca declarei IR Cripto de 2016 a 2021?
O recado do CEO é claro: “Precisa se regularizar o mais rápido possível, pois a cada ano a legislação fica mais complexa e difícil de se resolver esses problemas passados.”
Qual a maior vantagem de contar com uma empresa especializada como a Blue?
Por fim, Mychel ressalta o diferencial da Blue: “Não precisar se preocupar com um conhecimento tão complexo. O investidor já tem muito para estudar e trabalhar, não precisa de mais um problema. Contratar a Blue significa ter alguém para resolver a burocracia tributária.”
Fique atento: A regularização do IR Cripto é fundamental para evitar multas, bloqueios e dores de cabeça. Se precisar de ajuda, procure especialistas como a Blue e garanta sua tranquilidade.
