Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro

Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro

Na semana passada, aprendemos a calcular o Ciclo Operacional (CO) e o Ciclo Financeiro (CF) de uma empresa.

Vimos também que o Ciclo Operacional interfere na tendência do Ciclo Financeiro e esse último, por sua vez, afeta diretamente a Necessidade de Capital de Giro da organização.

Tendo isso em mente, vamos analisar hoje o Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro para completarmos a nossa sequência de indicadores para análise da sustentabilidade operacional de empresas.

1. Prazos Médios

2. Ciclo Financeiro e Operacional

3. Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro

Para ver novamente os conteúdos enviados nas últimas duas semanas, basta clicar no cronograma acima no artigo que tiver interesse.

Vamos para o artigo de hoje?

Capital de Giro

Capital de Giro (CDG)

Capital de Giro são os valores que a empresa dispõe para utilizar na sua atividade, para fazer seus negócios girarem. Esses recursos são gerados pelos próprios Lucros Acumulados que a empresa tem ao longo da sua existência e a partir de financiamentos de longo prazo, onde obtém recursos disponíveis no curto prazo (caixa, por exemplo), para honrar com obrigações da operação e com um período grande para poder ser pago.

Esses recursos são utilizados para manutenção dos estoques, pagamento de fornecedores, salários, impostos e demais demandas da operação da empresa (custos e despesas operacionais).

CDG = (Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido) + Lucro Líquido – Ativo Não Circulante

É possível a minha empresa se desenvolver com Capital de Giro negativo?

É possível sim!

A empresa ter Capital de Giro negativo significa que ela financia parte de seu ativo não circulante com fundos de curto prazo, o que gera um maior risco de insolvência.

Porém, ela pode sim se desenvolver dentro dessas condições, desde que a Necessidade de Capital de Giro também seja negativa e menor que o Capital de Giro.

Necessidade de Capital de Giro (NCG)

Como visto no exemplo anterior, esses indicadores geram uma análise muito mais completa da realidade da empresa quando observados em conjunto.

A Necessidade de Capital de Giro é o quanto desses recursos de fato a empresa necessita dispor para manter suas operações funcionando.

Essa análise conjunta mostra se a empresa precisa buscar recursos em fontes externas ou se há aportes internos suficientes para sustentar as suas atividades, dando um bom direcionamento na tomada dessa decisão.

NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional

Como posso agir na minha empresa para diminuir a Necessidade de Capital de Giro?

Como já foi comentado no artigo anterior, o tamanho do Ciclo Financeiro conversa muito bem com a Necessidade de Capital de Giro, de maneira que quanto maior o Ciclo Financeiro, por mais tempo as operações precisam ser financiadas, portanto, maior a NCG.

O que indica que uma maneira de diminuir essa necessidade de recursos é trabalhando na gestão dos seus prazos, reduzindo os prazos de clientes, melhorando a relação de prazos com fornecedores e avaliando o custo e a duração da mercadoria no seu estoque.

Já calculei o meu Capital de Giro e a Necessidade de Capital de Giro, e agora?

Agora empresário, você tem a faca e o queijo na mão para saber se a sua empresa é sustentável ou não! A partir de uma simples conta de subtração (Capital de Giro – N. de Capital de Giro) você encontra o seu Saldo de Tesouraria.

Esse indicador mostra para você se a sua empresa tem disponível os recursos que ela precisa para manter suas operações (CDG > NCG = Saldo de Tesouraria POSITIVO) ou se ela se encontra em uma situação perigosa que nós chamamos de Efeito Tesoura (CDG < NCG = Saldo de Tesouraria NEGATIVO).

Uma empresa com Saldo de Tesouraria negativo corre um grande risco, uma vez que será obrigada a utilizar de toda a sua disponibilidade financeira para financiar as suas operações em andamento. Nesse momento, as empresas acabam resgatando suas aplicações, injetando dinheiro dos próprios sócios e se aproximando de uma realidade de insolvência.

Finalizamos então a nossa sequência de artigos. Agora você tem em mãos um grande conjunto de dados que podem ser usados como ferramentas de análise da realidade da sua empresa.

Seja a partir dos Prazos Médios, dos Ciclos da sua organização e do Capital de Giro e Necessidade de Capital de Giro efetivos da sua empresa, as suas decisões serão mais coerentes com a real situação da sua empresa e baseadas em informações mais sólidas sobre a operação.

Esperamos muitos SUCESSOS para vocês em seus empreendimentos e estaremos sempre buscando ajudar cada vez mais na gestão dos seus negócios!

Até semana que vem!

Por Matheus Vilas Boas – Customer Success do Nucont

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