Investidores de criptomoedas: saiba quais declarações fiscais são obrigatórias no Brasil

O mercado de criptomoedas no Brasil continua em expansão. Junto com os ganhos e a popularidade desses ativos digitais, surgem também declarações fiscais que muitos investidores podem não estar completamente cientes. Declarar criptoativos de forma adequada pode evitar problemas com a Receita Federal e garantir que você esteja em dia com a lei. Mas afinal, quais são as declarações fiscais obrigatórias? 

Confira abaixo o que é necessário para quem negocia ou investe criptomoedas no Brasil.

Quais declarações ficais você deve fazer?

Declaração fiscal voluntária

A declaração fiscal voluntária é uma exigência criada para garantir que a Receita Federal tenha total visibilidade sobre os ativos digitais adquiridos em exchanges estrangeiras ou em operações peer-to-peer (P2P), onde não há a intermediação de instituições financeiras tradicionais. Essa declaração existe porque, diferentemente das exchanges brasileiras, que já têm um sistema de reportar as transações diretamente à Receita, as exchanges estrangeiras não estão sujeitas às mesmas regulamentações. Assim, cabe ao investidor brasileiro reportar essas movimentações de forma transparente.

Esses tipos de declarações ficais tornam-se ainda mais relevante quando consideramos o avanço da descentralização nas finanças, com o aumento da popularidade de carteiras descentralizadas e o uso de protocolos DeFi (finanças descentralizadas). Sem a obrigatoriedade de reportar essas transações, a Receita correria o risco de perder o controle sobre a tributação de grande parte das movimentações financeiras envolvendo criptomoedas. Portanto, é fundamental que o investidor entenda que, embora essas plataformas possam parecer estar “fora do radar” da Receita, a não declaração dessas atividades pode acarretar multas e sanções fiscais no futuro.

Ganho de Capital (GCAP)

O GCAP, ou Documento de Apuração de Ganhos de Capital, é uma ferramenta fundamental para aqueles que negociam criptomoedas de maneira recorrente. Sempre que alguém vende uma criptomoeda e obtém lucro, deve reportar esse ganho. No entanto, a lei brasileira prevê uma isenção para vendas cujo valor total mensal não ultrapasse R$ 35 mil. Ainda assim, mesmo que o valor não esteja sujeito à tributação, ele deve ser declarado, evidenciando a entrada de recursos no patrimônio do contribuinte.

O processo de apuração do GCAP é especialmente importante porque o ganho de capital sobre criptomoedas não é simplesmente o valor total recebido, mas sim a diferença entre o valor de compra e o de venda. Se, por exemplo, um investidor comprou Bitcoin por R$ 100 mil e vendeu por R$ 130 mil, o ganho de capital é de R$ 30 mil, e não o valor total da transação. Em transações de maior valor, o imposto pode variar de 15% a 22,5%, dependendo da quantia envolvida. A atenção a esses detalhes é crucial, pois erros na declaração podem resultar em multas ou em processos de auditoria mais severos.

Declaração de Imposto de Renda (DIRPF)

A Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) é o documento mais amplo e conhecido, onde todas as informações sobre o patrimônio, rendimentos e investimentos de um indivíduo devem ser declarados anualmente. Com relação às criptomoedas, a Receita Federal exige que o contribuinte declare não só os ganhos de capital, mas também a posse de ativos digitais, mesmo que não tenham sido vendidos durante o ano. Esses ativos devem ser inseridos na seção de “Bens e Direitos”, com um código específico para criptomoedas.

A grande importância da DIRPF em relação às criptomoedas está na integração com o GCAP. Se o investidor, por exemplo, obteve isenção de imposto em uma venda de criptomoeda porque o valor estava abaixo de R$ 35 mil, ele precisará importar o documento do GCAP para justificar essa isenção. Dessa forma, a Receita consegue rastrear de maneira precisa tanto o aumento no patrimônio quanto a origem dos fundos.

Com o crescente uso de ativos digitais como reserva de valor e meio de troca, a Receita Federal tem reforçado sua fiscalização sobre essas transações. Para o investidor, isso implica a necessidade de manter um controle desde as aquisições até as vendas, para garantir que a DIRPF seja preenchida corretamente. A falta de precisão ou o não cumprimento dessas exigências pode levar a multas de até 20% sobre o valor do imposto. Essa expansão explica suas implicações práticas e a importância de estar em conformidade com as obrigações fiscais relacionadas às criptomoedas.

Acompanhe as mudanças na legislação

Com a constante evolução da regulamentação de criptomoedas, é fundamental que os investidores se mantenham informados sobre as suas declarações fiscais. O descumprimento dessas regras pode levar a multas pesadas e outros problemas, tornando o apoio de especialistas cada vez mais importante.

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